Sou como o fruto da injúria,
Que serpenteando o rio tépido e impuro,
Afogado por sanguinários cadáveres da luxúria,
Pôde ver-se o que não se vê.
De mim,nada mais terás
Do que o lânguido inacabado
Por brasas incessantes
De um passado que a mim foi destinado.
Feito como o soneto do luar eterno
Jurei juras infundadas
No calor do coração juvenil, em noites de inverno.
Marés de lava em nevasca convertida
Sonhos utópicos de desamores inertes
A esperança de amar-te eternamente em mim, sempre será mantida.
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