sábado, 20 de novembro de 2010

Esperança:

Veio pairando sobre as nuvens, pelas brisas mais solenes. Os ventos que eclodiram com as ondas (estas,que vieram sepultar meus temores na areia). Afogado em desavenças, e perturbado com a falta de crença. A esperança havia sido embebida,num último cálice de decepção. Do brilho do sol, não passou-se mais do que meras horas,em que a frágil taça que é a vida,partiu-se em dois lados idênticos. Surgiu o eclipse, na tentativa de mascarar todas as perturbações. De longe, era possível ouvir os sinos, soando a melódica canção do adeus.

Veio rasgando as tempestades,pelos céus incandescentes.O fulgor da benevolência dos fracos (estes que lançaram suas armas em terra, acabando com a Guerra). Soterrado num mar de mentiras, e obrigado a engolir as hipocrisias mundanas. Da noite mais bela de luar, contemplando as estrelas, desapercebido pelo florescer das estações.

Veio de longe, buscando o trépido alívio do aconchego. Fulminado pela desistência e angústia. Tomado pelo orgulho insolene e um ego esquematizado, entrelaçado pelas teias que interligam nossa existência.

Completamente lançado em rios de sombras,idealizando pastos verdejantes e auroras mais límpidas. Onde o amanhecer possa ser eterno, e o anoitecer um refúgio para sempre.

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