domingo, 15 de agosto de 2010

Apenas Amar

Que pode uma criatura,senão entre criaturas,amar?
Amar e esquecer,
Amar e malamar,
Amar,desamar,amar?
Sempre,e até de olhos fechados,amar?

Que pode,pergunto,o homem,
sozinho,em eterna rotação universal,senão
Rodar também,e amar?
Amar o que o amor traz à praia,
E o que a onda sepulta na areia,
O que na brisa marinha se torna sal,
E no seu poente se torna angústia?

Amar solenemente a solidão do deserto,
A entrega e a compaixão,
A voz áspera,o amor inóspito,
Um vaso sem flor, uma estrada de ferro,
E o peito inerte, pronto para ser flechado,
Como rua sem sonhos...Amar a oportunidade!

Eis o nosso destino:Amor sem conta,
Distribuído pétala a pétala,
Doação ilimitada e completa de ingratidão.
E na concha vazia do amor, à procura medrosa,
paciente de um desamor.

Amar nossa própria falta de amor,
E na aguerrida ânsia de amar,
Engolir as lágrimas e o beijo tácito,
Como calor distinto e sede infinita.


Que pode uma criatura,senão entre tantas outras criaturas,amar?

2 comentários:

  1. wow...adoramos o seu blog :)
    Desculpe a intrusão mas gostámos mesmo muito

    se quiser passe pelo nosso também e aproveite para participar no nosso passatempo.

    Continue o óptimo trabalho!

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  2. OBRIGADA NÓS TAMBÉM. vAMOS seguir o seu blog sem dúvida. Segue-nos também. E aproveita e, se quiseres, participa no nosso passatempo.
    Beijinhos ;)

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Leia com atenção.
Não esquecendo que tudo é desenvolvido como poesia livre, seja uma crítica ou um ponto de vista.
Ninguém é obrigado a concordar, mas respeitar e ser sincero ajuda ^^