sexta-feira, 20 de agosto de 2010

A Chave:

E de repente, o resumo de tudo, é uma chave.
A chave que abre para o inabitado e inexistente.
A chave de uma porta que não abre.
Dentro em mim é que está o segredo.
O segredo de uma porta que não existe- mas a chave existe.
Porque este segredo encontra-se selado,
Em ferro e brasa.
O ferro de uma chave.
A culpa e o arrependimento que foram lançados.
A saudade e a dor do que passou.
Eis a fechadura: A saudade.
Saudade de um tempo inebriante e alucinógeno.
Como o medo que transcorre minhas veias.
Como o veludo de um chaveiro.
Chaveiro sem chave.
O medo de perder o caminho certo.
O medo de descobrir em mim o que nos outros existe.
Como angústia de achar o caminho certo.
O caminho que leva à porta principal- esta sim existe.
A porta que não tem fechadura.
A porta que está em mim e que abre para o imenso.
A porta que agora existe...
Mas a chave se perdeu...

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