quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Confissões de Uma Pista de Dança -- Isolando o Y da Questão:

Olá Diamantezinhos! Hoje acordei meio nostálgico. Deve ser efeito das balas e da falta de fé.
Enfim, vou resumir tudo que puder hoje.
Pronto ou não, aqui está tudo que vocês precisam entender.
Ponho fim a uma fase.
Estourem o champanhe e me dêem um banho com ele.



A primeira coisa que ele disse foi: “nossa, como somos parecidos!”. Ta bom, essa não foi a primeira coisa, mas é a primeira de que me lembro. Ao ouvir isto, pensei “mas ele nem me conhece!”. Quem diria, ele tava certo. Não sei como, e nem por que, mas desde as primeiras conversas eu também senti isso. Não, eu senti ainda mais. Me senti tão atraído que estava quase agindo como um bobo. Passei a citá-lo em minhas conversas com amigos. Dia após dia conversávamos. Ele se tornou parte da minha rotina.

Começamos a descobrir muitas coisas em comum. E nossos diálogos diários passaram a ser necessários. Quando não conseguíamos conversar, ao menos trocávamos SMS de bom dia, boa tarde, boa noite... Começamos a criar um elo, despercebidamente.

Não tocávamos num único assunto: relacionamento amoroso, afinal ele namorava, e eu respeitava isso. Por vezes senti ciúmes do seu namoro, mas nunca comentei. Não me sentia nesse direito. Mas pouco a pouco, senti que as investidas (tímidas e por vezes inconscientes) que eu sobrepunha nele, eram retribuídas.

Numa tarde, numa conversa como outra de rotina, algo saiu do controle. Declarei meu interesse, dizendo que se ele não fosse comprometido, seria o tipo ideal pra mim. Sim, eu fui muito ridículo. Após declarar, me senti o maior dos idiotas. Ele não respondeu nada. Me senti magoado e desprezado, algo como uma legítima dor de cotovelo.

Com o passar das semanas, continuamos a conversar de forma igual, como se nada houvesse acontecido. Nada mudou (aparentemente). Vez que outra discutíamos por razões bobas. Até que numa noite, ele me contou que terminara sua relação, e que estava livre (acho que foi uma indireta). Ele desabafou falando que havia mantido-a por comodismo. Que não havia amor. Eu o consolei. Futilmente, admito.

Nosso relacionamento perdurou. E as brigas também. Ele me chamava de orgulhoso, bipolar e teimoso. Eu o acusara de não ter atitude, ser dispersivo e medroso. Ora, na verdade ambos éramos inseguros. Tínhamos tudo para ficarmos juntos, mas vários conceitos e brigas começaram a ruir os alicerces que havíamos construído.

Então marcamos um encontro. Passamos a tarde juntos. Neste tempo, tudo foi perfeito. Parecíamos ter encontrado a solução pra todos os problemas. A esta altura, eu sentia mais do que carinho. Eu era feliz por gostar dele, e sentia o mesmo vindo dele.

Pena que tudo durou tão pouco. Nem que quisesse poderia detalhar os próximos acontecimentos, então vou resumi-los numa palavra: Turbulência. Uma série de desentendimentos surgiram e abalaram tudo. Senti tristeza, decepção, raiva, medo e tudo mais que pude identificar.

Apesar de todas as brigas e do óbvio afastamento, o sentimento por ele, desde a nossa primeira conversa continuava a crescer dentro de mim. Eu não sei se não lutei o suficiente pela gente. Mas isso me doía muito. Percebi que tudo tinha seu preço. E eu acho que não paguei com a moeda certa. Não sabia mais como lidar com essa situação, resolvi então afastar-me por completo dele. Buscar outros amores e fingir que ele não passara de uma decepção qualquer, e que logo seria superado.

Tive certeza de que havia conseguido matar este sentimento dentro de mim. Mas se vocês leram os posts anteriores, sabem que eu não consigo matar nada.
Quem me dera ser um bom assassino...

7 comentários:

  1. Com uma palavra, descrevo o que senti ao ler este post: Divino. Junto com isto, eu digo: Na vida, tudo passa... Guarde as memórias boas de um momento tão maravilhoso como este que vivera. Não guarde rancor ou mágoa, apesar de estes sentimentos sempre perdurarem durante um tempo. Viva, dance, beije, ame. Tudo intensamente. Liberte-se deste doce fantasma que insiste em te assombrar.

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  2. Amei o post :)
    Feliz 2012 e que você consiga ser um bom assassino! Beijos

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  3. Nossa, texto carregado de sentimentalismo e sensibilidade! Gostei, gostei muito. Tirar proveito até das nossas mágoas nos ajuda a ser pessoas mais fortes!
    :D
    Beijinhos

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  4. gostei
    ;)
    obrigada sempre pela visita
    beijos e lindo 2012

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  5. Muito bom o texto, toca-nos no mais profundo!

    Diogopensamentos.blogspot.com

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  6. Amei Amei Amei


    http://cantinhodasperolas.blogspot.com/ || http://universoteen-girl.blogspot.com/

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  7. kkk ainda bem que vc não é um serial Killer! kkk
    http://oicarolina.wordpress.com/
    me visita?

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Leia com atenção.
Não esquecendo que tudo é desenvolvido como poesia livre, seja uma crítica ou um ponto de vista.
Ninguém é obrigado a concordar, mas respeitar e ser sincero ajuda ^^