sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Só O Que Eu Posso Oferecer É Uma Semana Sem Amor - Parte 1:

Então, quem disse que devia ser fácil?
Contente-se!

Eu sou uma criança mimada e como diria a poetisa "conheço poucas coisas e só o que tenho a meu favor é tudo o que desconheço".
Eu exijo perfeição e maturidade, mas maquio grande parte da verdade que eu sou. Um brinde à infantilidade e insegurança que ainda me acompanham!

Eu falo o desnecessário para muitos, mas pra mim não passa do essencial. Talvez nem fale tudo o que realmente penso, afinal isto só seria mais um tiro no pé. E também pouco falo sobre mim. De quem eu sou. E por mais que esta seja minha estratégia do jogo, também deve-se ao fato de que ainda não diferencio verdades e mentiras. Porque eu sou esse drink duplo mesmo! E só o que eu tenho pra oferecer são minhas palavras pra você.

Eu exijo muito, porque é o meu modo de nunca conseguir. Acho que eu não tô pronto pra conquistar mundos. Não saberia como lidar. Não tô pronto pra acordar.

Como diria meu amigo, alguns medos te acompanham pela vida toda. Já alguma vidas te abandonam pelos teus medos.


Eu sou uma criança que cresceu e trocou os brinquedos pelas pessoas (mas não que estas sejam mais interessantes). Foi uma questão de moda, e faixa etária. E agora eu queria voltar a reclamar de coisas menos banais como equações e mapas geográficos. Porque lidar com as decepções adultas é bem mais deprimente.

Eu sempre achei crianças choronas muito bobas. Beirando ao ridículo. Não vejo o mundo com toda essa compaixão. E também já penso que os meus sentimentos congelaram em algum travesseiro roxo, por aí.


Eu não suporto a falha e a sensação de fraqueza. Não sei como agir ou reagir. Ficar dependente da vontade alheia ou de suas escolhas é enlouquecedor. E fazer-me entender tem sido uma missão quase cármica.

Eu queria viver no mundo que construí. Aquele que só habito nos feriados e quando ninguém tá por perto pra me julgar. Aquela casa da árvores que foi derrubada mas que eu reergui em dimensões estratosfericamente maiores. Queria esse mundo nas segundas e quintas. E com o passar do tempo, integralmente pelas semanas. Porque eu não posso ser um príncipe ou um astro. Eu não tenho amor pra te oferecer. E você não suportaria todas as faltas.


Eu não posso voar nas tuas asas porque meu medo de altura me limita. Tampouco combateria meu enjoo em alto mar. Não faço promessas, e logo a decepção te abraçaria. Eu não sou corrigível. Sequer posso afirmar que mudaria se pudesse. Porque não o faria.

Não imagino um mundo que não seja o meu. E nele tu não acharás espaço ou moradia. Pode ser hipócrita ou simplesmente confuso, mas escrevo dramas porque acredito na alegria aconchegante que eles inspiram.

E nem vou pedir paciência ou tempo. Porque não há prazo pros meus pesadelos, nem despertar pra esta obra. Eu sou uma criança. Inocente demais pra lutar. E inocente de menos pra acreditar.

Eu só posso te convidar pra entrar e brincar um pouco. Mas não estranhe se logo eu te expulsar. Afinal, minhas palavras voam, e logo podem perder o valor, e as noites ficam pra trás.


E de repente, a criança acorda, e só o que lhe resta é o resto todo da vida.

15 comentários:

  1. Interessante o texto. Me fez lembrar de muita gente, em algumas partes, até de mim mesma.

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  2. Lindo o texto!


    Beijos Mulher Antenadíssima ♥♥♥

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  3. LINDO texto,parabéns!Lembrou uma pessoa que conheço mas nunca consegui decifrá-la tão bem como você escreveu...é isso tudo aí...principalmente na frase:"pouco falo sobre mim. De quem eu sou. E por mais que esta seja minha estratégia do jogo..."

    Abraços,e mais uma vez parabéns!

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  4. Olá, prazer estar aqui,bom texto, acho até que todos nós somos mais ou menos assim, pois tudo na vida depende mesmo do "referencial"!
    Abraços!

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  5. Bem reflexivo seu texto... parece falar de um personagem além da própria personalidade...
    Obrigada por sua visita em meu blog!!!
    Sim, eu sou gaúcha. Que legal que você também é do SUL. Eu sigo de volta os que me seguem.
    Abraços

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  6. Retribuindo sua visita.

    Que texto!
    Tão complexo, mas tão claro.
    No fundo gostaríamos de ser assim mesmo, digo que agora sou, como uma criança que faz o que tem vontade, que é pura de coração e que não consegue ser nada além do que verdadeira.

    Beijos

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  7. Todo mundo exige perfeição e maturidade dos outros e maquiam o que realmente são...
    E quem ousar ser autêntico,vai ter que pagar seu preço.
    Achei lindo isso:
    "Como diria meu amigo, alguns medos te acompanham pela vida toda. Já alguma vidas te abandonam pelos teus medos."
    Diga-me:Para que se fazer entender???
    Quem gostar de ti vai te entender e se não,fará de tudo para isso.
    Resumindo:
    Seja tu mesmo e quem te quiser te quererá como tu és e tu te deixaras gostar e pronto!
    É tão gostoso viver sem exigências...simplesmente viver!!!

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  8. olá
    bem vinda ao meu blog
    bjao e boa sexta

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  9. hey dear, gostei do texto,um tanto complexo para meu gosto pois já vivi umas 4 décadas a mais que você, mas saiba que até hoje ainda existe uma criança e ela eu apresento lá em meu blog, junto com minha arte.Adorei sua visita lá em casa e vou te seguir, pois quero ler mais de seus textos;0)

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  10. Luiz assim como eu me senti muito feliz de ser um diamantezinho, tenha certeza que existem muitos por aí com uma criança para brincar com a sua criança, pois não morrem jamais!Brilho para vc!

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  11. Olá Lulis, desejo que tudo permaneça bem contigo!

    Muito bom texto, pensamentos escritos expressados de maneira simples com palavras bem elaboradas.
    Penso que deixar desaparecer a criança que nos habita ainda em adulto seria o mesmo que deixar de viver. Desde o início dos tempos que o homem prefere que tenham dele a impressão que deseja, poucos se mostram como realmente são. É a famosa conveniência!

    Fiquei deveras feliz por tua visita e comentário e assim por cá estou agradecido pela perseguição, E digo que também é perseguido, assim deixo também meu desejo que você tenha sempre em teu viver a felicidade intensa, abraços e até mais!


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  12. Texto perfeito e profundo, você escreve majestosamente bem ^^ Me identifiquei em alguns aspectos (pelos menos, segundo a minha interpretação)

    Abraços,
    Revolução Nerd

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  13. Agradeço a visita e o comentário em lidacoelho.

    Quando encontro um novo blogue tenho alguma dificuldade em comentar. Preciso de tempo para conhecer as pessoas e as suas ideias.

    Deixo-te um abraço e o desejo de um bom Domingo

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  14. Obrigada pela visita ao meu blog. Gostei demais do seu texto. Me identifiquei com muitas coisas do que vc disse. Vou aos poucos conhecendo.

    Um lindo dia para você.

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  15. Aimôpai! kkkk Tá rebocado, piripicado a busca da perfeição é inerente à todos os humanos, cada qual ao seu jeito, mas, há um porém: Perfeito só Deus, né não? Repare... kkkkkkkk

    No entanto, a busca e o que é ser perfeito sem ser o modelo de Deus por que este não tem comparação nos leva ao conceito de que podemos ser sim perfeitos nas nossas atitudes ao longo da caminhada... Ser o homem de bem é perfeição!

    E quem não tiver ainda em qualquer idade adulta a criança que foi um dia dentro de sí que atire a primeira pedra, omôdeu! kkkkkkkk

    Óbvio ululante dizer que o texto é cabeça, é pensante!

    Pois é Lulis, porreta! Obrigado pelas bondosas palavras no Sibarita, volte sempre, eu ao menos estarie aqui, faça fé meu rei! kkkkkkkkk

    O Sibarita

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Não esquecendo que tudo é desenvolvido como poesia livre, seja uma crítica ou um ponto de vista.
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