sexta-feira, 4 de junho de 2010

Início,meio e falso fim:

O amor é auto-destrutivo.É uma tendência megalomaníaca de doar-se por completo.Um turbilhão de idéias constantes que avassalam nossa mente.Uma força impulsiva.que nos guia às profundezas do inconsciente,beirando a estupidez.É uma tola idealização de um alguém perfeito,para a situação do agora.É a má compreensão dos fatos.e a impura interpretação da auto-estima.O amor nos submete às mais conjuntas e tolas reações.É uma prisão que nos forçamos a aceitar,e a libertação de um falso pudor.É a falta de vergonha de admitir uma culpa, que há muito tinha sido afogada com outra decepção qualquer.O amor é a banalização dos desejos.O amor é inconcebido e brutal.Ele usufrui da nossa vitalidade e dá um novo sentido a um olhar maldoso.O amor é auto-confiante e nos ata,com um falso agradecimento.Úma busca longíqua de uma estrela no mais extremo do espaço.É o indício da insanidade e da incompreensão dos ‘‘porquê’s’’.O amor é arredio,amigo íntimo do egoísmo e da individualidade.Ele nos causa sofrimento(ou pelo menos o culpamos das nossas más escolhas).O amor não nos dá saída, pelo contrário,abre infinitas possibilidades,porque o amor é traiçoeiro.Ele quer mais que a gente se ferre mesmo,tanto faz onde queremos chegar e as nossas convicções,porque o objetivo dele é desnortear as nossas intenções,e inverter o leste o oeste.Amar é refúgio,e uma sentença eterna de despedida.É um suicídio sem fim,que aterra a lucidez.O amor dói,fere e até mata.Ele cura,arde e reanima.É uma energia interminavelmente dualista,que congrega sonhos e pesadelos,na única realidade que nos cabe:A dependência.O amor trava um duelo infindável entre o céu e o inferno,e suas faíscas sucumbem nos pútridos terrestres.Ele é o alcance da aurora cósmica,e o elo entre a sanidade e a inteligência.Ele é imprevisível(ou previsível demais para percebermos).Amar é ver tudo colorido,e colorir o preto e branco.O amor é a infecção da alma,vírus combatente,que nos desarma.É uma batalha de punho sóbrio com a convicção.É o bater de asas de uma borboleta,e também um furacão do outro lado do mundo.Ele sente,pensa e até fala...nos usando.Ele cabe na palma da mão,mas escorrega num abismo oceânico.Ele voa pra longe e mergulha no magma vulcânico.O amor é a fala de razão,é excesso de sensação,é o vício dos fortes(porque é preciso ser forte para sobreviver a um desamor).É preciso estar pronto para viver por uma sensação que muitos estariam dispostos a morrer por ela.O amor é falso caráter,é verdade duvidosa,é uma mentira contada pela metade,cuja a outra metade é preciso vivenciar para conhecer.Não para compreender,pois não faz parte do amor a compreensão.O amor dá asas,mas também as tira.O amor desperta ,mas também condena.O amor desrotula e mal resolve.É uma tentação incabida em palavras e ações.O amor perturba.É roleta-russa diária e abnega a justiça.Mas não vivemos sem ele.Por que então,procuramos a vida toda,pelo amor?
...Porque o amor é a resposta,mas também é a eterna pergunta...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Leia com atenção.
Não esquecendo que tudo é desenvolvido como poesia livre, seja uma crítica ou um ponto de vista.
Ninguém é obrigado a concordar, mas respeitar e ser sincero ajuda ^^