terça-feira, 11 de março de 2014

Passar Ela:

Minha poesia é estúpida num decorrer de centésimos. Um bater de asas do destino que galga através das fortalezas da noite.
Sou enrolador de natureza, falador de nada, enganador de si mesmo. Minha vida é uma bolha de sabão na alvorada, um mascar de chiclete em longa viagem de ônibus.
Meu romance é quadriculado, raspado, tingido, fingido.

E nessas faltas que a vida me dá, nestas brechas ociosas entre os raios de sol que nunca vejo nascer e a cosmogonia dos corpos transados, trançados, traiçoeiros, eu embarco.

Sou velejador da pele bronzeada, das curvas alabastrinas e de línguas aconchegantes. Dominador de atos impensados e ator (mentado) de carteirinha, com fã clube e tudo mais.

Nas longas e impenetráveis estradas da vida, eu caminho e passo a passo chego mais perto do fim. Ou menos perto do início.

4 comentários:

  1. Assim é a poesia: nos leva por caminhos inimagináveis.

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  2. Assim é a poesia: nos leva por caminhos inimagináveis.

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  3. Belissimo momento Luis ,momentos onde as palavras descrevem toda a alegoria da vida ,e sempre um prazer enorme ca estar ,um abraço Emanuel

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  4. Mas o que é o poeta,a não ser um fingidor?Finge tão bem,que esquece que suas fingidas palavras são a real face de sua dor.

    Beijão,Paz!Dani.

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Leia com atenção.
Não esquecendo que tudo é desenvolvido como poesia livre, seja uma crítica ou um ponto de vista.
Ninguém é obrigado a concordar, mas respeitar e ser sincero ajuda ^^