terça-feira, 19 de agosto de 2014

Goela abaixo

Sou poeta de instância,
alcoólatra condenado em beber tua prosa.
decifro nos teus versos,
essa calúnia que me dilata a pele.
convivo com as tuas dores,
e faço delas drinks pra seringa
e um acolchoado de amores.
Injeto, então,
essa marca que me faz dia
e me cubro à noite com esse falso cobertor.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Noite de Agosto

Ninguém se importa com as palavras esquecidas
E com o relâmpago pendurada na janela.
Minha sombra rasteja nas luas frias
Bem lá, num beijo selado de persiana
De onde vim
E que o sei bem, para onde
jamais
retornarei.