quinta-feira, 31 de março de 2011

Amor das Minhas Vidas:

Você se lembra daquele tempo? Quando nossas mãos se tocaram pela primeira vez e nossos olhos se encontraram, pude sentir nossas almas unidas.


Lembra-se daquele outono cinzento?, Tudo parecia tão complicado a ponto de acharmos impossível ficarmos juntos. Algo aconteceu naquele gélido outono. Minha memória parecia fraca, e as minhas pernas tremiam muito, só de te olhar. Éramos tão jovens e inocentes. Perdi muitas noites de sono, pensando em você. Mal te conhecia, mas desde o princípio me senti fortemente conectado a você. Todos duvidaram que um dia seríamos felizes. Tantos imprevistos... Eles tentaram impedir nossa aproximação. Mas vou te confessar uma coisa: Minhas pernas ainda tremem quando te vejo.


E do inverno, lembra-se? Lembro como se fosse ontem da sua pele aveludada, dos seus olhos brilhantes, Nunca vou esquecer do nosso primeiro beijo. Foi tão impulsivo que até pareceu natural. Quando os seus lábios tocaram os meus, foi como um despertar. Mais do que nunca tive certeza dos meus sentimentos. Meu coração pulsava rapidamente e minhas mãos gelaram como nunca. Seu abraço sempre me aqueceu ternamente. Afinal, era realmente inverno? Admito, ainda fecho os olhos e sinto meu coração desparar ao lembrar do teu beijo.


Em seguida, chegou a primavera. Ora, como esquecer da primavera? Meu amor por ti, enfim desabrochou. Não, ele já existia, vivo dentro de mim. Mas com as flores perpetuando e o sol que emanava um radiante suspiro, não pude evitar, e declarei-me. Desde então você passou a fazer parte da minha história de vida. Não poderia mais citar-me como um frágil garoto sozinho no mundo. Senti teu coração batendo e nossas almas conversando.


Chegado o verão, aproveitamos os dias infindáveis e infinitos paa brilharmos com o astro-rei. Saímos, passeamos, cantarolamos e nossas almas estavam a dançar. É, eu nunca me esquecerei daquela noite. Sozinhos e enebriados com o perfume dos céus. Estávamos a contar estrelas. Num lampejo, tudo aconteceu. Deitados, pescando sonhos, e cruzando os dedos veementemente ao ver passar uma estrela cadente. Meu desejo foi óbvio: Que nosso amor perpetuasse pela eternidade. Ao abrir os olhos, não ouvia mais seu coração bater. Minha alma estava desolada, aflita. Meus olhos encharcaram e minha voz emudeceu. Você estava gélido, e eu estático. Acabara de perder meu amor. Meu coração transbordou em lágrimas e pensei rapidamente em unir-me a ti. Foi então que senti o teu calor tentando consolar-me. Nada poderia nos separar... Poetas morrem, mas suas poesias vivem para sempre.






Lembro como se fosse hoje, o dia em que nossas almas se tocaram pela primeira vez...

terça-feira, 29 de março de 2011

Minhas Entrelinhas:

Quando tudo parece estar se resolvendo, lembramos que a vida é guiada por estereótipos. Como num texto, manuscrito por um autor megalomaníaco, a vida é feita de títulos, sub títulos, parágrafos e até pontos finais. Mas para escrever sua própria trajetória não é tão fácil assim. Tampouco se queres ser lembrado. É preciso inovar, renovar e fugir aos padrões na qual todos estão acostumados.

Comecemos então, aceitando o fato de que não vivemos num conto de fadas.

Hoje, esperar pelo príncipe encantado que virá num corsel branco, vestindo uma armadura reluzente, é pura utopia.

Mas sejamos sinceros, quem nunca sonhou acordado? Quem ainda não sonha? Ora, não sonhar é como desistir de amar. Precisamos de certos refúgios.

Meus sonhos às vezes são tão simples que até chego a acreditar que poderão concretizar-se. E de repente, meus sonhos podem ser os seus também. Quem sabe eles sirvam para nos aproximar. Não da realidade, mas sim do irreal.

Talvez eu saiba, no fundo da minha alma, que sonhos não passam de fantasias.

Mas imagino quão triste seja uma vida sem eles. Seria como uma dor sem remédio, um amor inóspito ou um amante sem perigo. E deixemos de lado nossos hábitos rotineiros e nossas certeazas que fincamos ao chão e deliremos, porque é da vida a razão perpétua.

Se não fossem os sonhos, quem (ou o quê) nos salvaria do conformismo?

Combustível dos poetas, os sonhos são milagrosos. Profetas insaciáveis e imprevisíveis.

Eis compará-los ao amor: fugas repentinas da realidade. Um é a caça, o outro é o caçador.

E no percurso de escrever (e assim descrever) o que vivemos, basta para isso sonhar. O sonho afaga. Permite-nos eternizar um momento. E deste momento podemos tirar o melhor proveito...






… Ese um dia eu puder sonhar, desejo que você esteja comigo para satisfazer os desejos secretos do meu coração...











...Meu Ponto de Paz <3

segunda-feira, 14 de março de 2011

Amor, Sublime Amor:

E como dizer-se curado de amor?
Não de um amor normal, mas sim do seu primeiro amor. Ou ainda do último amor. Ora, que seja, afinal amor é por si, sempre o primeiro e último – se este for verdadeiro.
Quando se ama, só então quando realmente se ama, este faz de você um completo inexperiente. Por mais amores que tenhas vivido, nada se compara a este. Amor será sempre uma totalidade. E quando ama-se, ama-se então pela primeira vez. Pois a última não foi de fato amor. Apenas quando se ama, saberá que é o primeiro amor. Ou ainda, não o saberás. Mas dentre tantos relutentes sorrisos e afagos, vive-se de amor. Não de amor, somente amor. Mas certamente morre-se por ele.
E como dizer-se curado de algo que nem é uma pestilência?
Por mais doentio – com o perdão do sarcasmo – amor não é nem de longe maléfico. Dói, fere, corrompe e até destrói. Mas não é doença. Afinal, algo abstrato não pode causar dor. A não ser dor de amor. Esta sim, sem dúvidas dói.
E ainda tem quem o procure. Pra quê? Ele te encontra, uma hora ou outra. Ninguém consegue fugir. Uma hora ou outra estarás enfermo. Coração palpitante, suor frio, alucinações, falta de atenção, insônia, angústia... sintomas de mal de amor.
Mas no fim, não há porque buscar uma cura.
E todos sonham em viver isso.
E seja num beijo roubado, ou até naquele há meses planejado, lá vem ele e te arrebata. Ou até mesmo sem beijá-lo. Ora, pra que beijar? Sublime é amar, mesmo sem ser amado. É planejar uma vida a dois, quando se está sozinho. É se sentir íntimo, sem jamais ter lhe dado oi. É amar o que as ondas carregam no pôr-do-sol, e o que os ventos sepultam na areia.

E o mais sublime de tudo, é amar com todas as forças os seus primeiros amores, temendo que estes sejam os últimos.

sexta-feira, 4 de março de 2011

PASSAtempo:

...E de repente, percebemos que tudo o que restou foram as lembranças de um tempo imaginário, uma era não-cronológica, onde os fatos não fazem sentido algum, e onde as promessas, por mais que sejam cumpridas, jamais saciam os desejos de uma terra sem leis. De repente, notamos que o tempo, arquiinimigo do amor, age impiedosamente, transformando-nos em peças atemporais, inúteis e talvez até descabidas, perante o jogo maior – que é a vida – onde não há um vencedor. Buscamos então, uma saída para nossas tormentas, e prometemos com todas as nossas forças não repetir o erro.
Mas passou-se o tempo de falsas injúrias.
Apelamos para a nossa imaginação fértil, e nossa índole desconjuntada em busca de um culpado para nossas aflições. Achamos sempre uma maneira de incriminar alguém por nossas tolices e desventuras.
Mas passou-se o tempo das calúnias.
Já é chegada a hora de enfrentar-se. Seja alter ego, superego ou bobagens à parte. Passou-se o tempo de fugir e abrigar-se no colo confiável de uma paixão inerte. Não basta estar vivo para admirar os louros de uma vitória; é preciso por a mão na massa mesmo, acreditar no que se está fazendo.
Nada durará para sempre, nem mesmo aquele sorriso verdadeiro, a lágrima outrora significante, a aurora de dias lúcidos (se estes existiram), a coragem de gritar e até mesmo o medo de arriscar. Tudo passa. Até a maior lembrança de uma tarde quente com os amigos, o beijo eternizado de um amor, as juras incabíveis de alguém desnorteado... tudo passa. Nascemos e tentamos viver da maneira mais sonhadora possível. Mas tudo começa com um prazo de validade e por mais que minhas ironias não sejam suficientemente boas, diria que vale a pena aproveitar a vida das maneiras erradas, achando que são as certas, e chorar com as decepções, afinal tudo que te aproxima da realidade é bem vindo.
No final do dia, até a nostalgia de bons momentos passa. E no sonho, durante a noite, enquanto nos reviramos em nossos lençóis, passam também flashbacks de tudo que gostaríamos de viver...nossos medos, vitórias, desejos íntimos, amores e desamores, mal de amores e dissabores.

Tudo nessa vida passa, e só nos resta o tempo, para saborear um novo amanhecer...